Comparando os Mavericks. PARTE II – Detalhes Externos

DETALHES EXTERNOS


Agora iremos tratar das principais características externas entre os modelos americanos e o nosso nacional.

De uma forma resumida você perceberá que muito pouca coisa foi herdada aqui pelo nosso modelo brasileiro:

Grades Frontais

Os mavericks no USA ao longo de sua produção possuíram 03 tipos de grade.

Ressaltando que a partir de 1973 as setas dianteiras passaram a ser incorporadas à grade até o fim da produção em 1977.

A grade dianteira do meu carro foi adquirida no USA em 2010 sendo uma das mais lindas do modelo Luxury que possui em filete cromado no entorno da grade.

Na época em 2011, me custou quase 2 mil. Hoje é quase impossível trazer uma grade dessa.

Agradeça ao ladrão Lula e a vagabunda da Dilma que quebraram o nosso país.

Outro detalhe importante é que  para as grades americanas você ainda encontra todas as peças separadamente e com três opções para as lentes e duas para as molduras das lanternas.

 

Aqui no Brasil, ao longo de toda a produção tivemos dois tipos de grade sendo a primeira herdada do modelo americano:

 

Emblemas das Grades

No USA as grades tiveram dois tipos de emblemas sendo um redondo central e um com a grafia Maverick a esquerda da grade.

A partir de 1975 as grades americanas deixaram de possuir emblemas.

 

Aqui no Brasil, os emblemas das grades estavam diretamente relacionados a cada tipo de modelo desde o início da produção até o final em 1979.

Observação: A partir de 1977, com a mudança da grade dianteira, somente o modelo LDO passou a ter emblema na grade.

 

Emblemas Paralamas e Emblemas Traseiros

No USA foi utilizado apenas um tipo de emblema que possuiam 03 locais de fixação sendo o paralamas, painel coluna traseira e a traseira propriamente dita.

O logotipo padrão Maverick é bem maior que o nosso aqui nacional e vem com o famoso chifrinho texano.

 

No Brasil, é um pouco diferente.

O nome padrão MAVERICK não possui o chifrinho, é menor que o americano e a fixação no paralama é feita juntamente com o emblema alusivo a cada modelo.

 

Além destes emblemas, na parte traseira temos dois modelos de grafia FORD sendo uma específica de cada fase conforme vemos a seguir:

E mesmo que não seja considerado emblema e sim chapão de acabamento temos ainda o acabamento entre lanternas do Super Luxo Fase 1 trazendo a grafia FORD:

 

Emblemas Capú

No USA o emblema é diferente daqui, um pouco maior e sendo fixado espaçadamente e na parte central do capu.

 

No Brasil, este emblema é posicionado a esquerda, com letreiro menor e não tão espaçada quando no capu americano.

 

Aros dos Faróis e Faróis

Tanto os modelos americanos possuiram faróis do modelos SEALED BEAM de 7″ e também dois tipos de aros de faróis conforme a seguir:

 

Calotas

Para os modelos americanos, foram disponibilizadas diversos tipos de calotas para as fases de fabricação 70-72, segunda fase 73-75 e ultima etapa 76-77 com exceção do modelo LDO americano que possuiu calota exclusiva sempre pintada na cor do carro.

 

Também no Brasil, as calotas foram divididas em fases de fabricação, sendo fase 1 73-76 e fase 2 77-79 e também de acordo com os modelos do carro:

 

Lanternas traseiras

No USA as lanternas foram únicas desde o inicio da fabricação similares ao nosso modelo fase 1, exceto nos modelos Sporty Grabber 70-72 e no modelo Stallion 75-76 em que a moldura da lanterna era pintada de preto.

No Brasil, houve dois tipos de lanternas sendo uma para cada de fase de produção do carro.

A lanterna do fase 2 é muito cobiçada no USA e já li diversos posts dos comparativos com a nossa lanterna.

 

No México, foi lançado o Maverick Shelby em 72 e estas sem sombra de dúvidas, considero as lanternas mais bonitas no Maverick.

Obviamente não combinariam muito com o modelo 4 portas:

 

Um curiosidade, é que no USA eles adaptam muito a lanterna do Mercury Bob Cat.

Bom, como gosto não se discute mas tá ai a amostra do resultado. O que acharam?

 

 

Parachoques

Realmente quando se fala em parachoques aqui vemos uma diferença gritante nos modelos americanos.

A partir do final de 1973 em diante por determinações malucas de segurança os parachoques dos carros passaram a ser enormes e matando o visual do carro.

No Brasil os parachoques permaneceram inalterados do início ao fim da produção com excessão das bananinhas dos parachoques que na fase 1 eram metálicas e posteriormente passaram a ser pretas de borracha maciça.

 

Side Markers (Lanternas Laterais)

As lanternas laterais (side markers) foi também uma exigência do governo americano e portanto todos os mavericks saíram de fábrica com este item que é funcional tanto na dianteira quanto na traseira, sendo as dianteiras laranjas indicativas e as traseiras de marcação.

 

No Brasil não existiu essa exigência e portanto, tal recurso não foi disponibilizado aqui.

Apenas o modelo LDO recebeu o side marker na traseira, porém, apenas como função olho de gato e decorativa se podemos assim dizer.

 

Antena do Rádio

Com relação as antenas de rádio aqui temos uma diferença significativa em dois aspectos.

As antenas americanas são do tipo square base (base quadrada) e as antenas brasileiras do tipo rounded base (base redonda).

 

E ainda sobre antenas, uma curiosidade é que no USA as antenas são localizadas no lado do carona, enquanto aqui fica do lado do motorista.

E como eu não sabia disso, comprei uma antena americana e tomei na semente do rabo porque ela não deu distância até o rádio. Com isso tá lá somente como enfeite.

 

Tampa de combustível

No USA, tivemos 03 tipos de tampa do tanque de combustível. Duas tampas bem mais elaboradas para as linhas 70-74 e outra simplória para a fase final de produção 75-77.

Um informação curiosa é que no USA as tampas não possuem qualquer tipo de tranca. Aqui eles roubam sua cueca sem tirar sua calça, imagina uma tampa dessa aqui?

 

E como dissemos acima, no Brasil as tampas vinham com chaves, normalmente da marca Click e só tivemos um modelo de tampa específico.

Há uns 15 anos atrás deixei um frentista, filho de puta com carroceiro bater a tampa e quebrou os pininhos de trava. Saí do posto e a tampa caiu. Escutei o barulho e corri para pega-la e vi que quebrou os pininhos.

Na época era caro e difícil pra comprar na tal de internet e tive que andar dias com uma de fusca. Pois bem, nunca mais deixei frentista nenhum abrir o tanque pra mim.

E quando quebrar a sua, aí você vai lembrar de mim, ok!

 

Grafismo e Detalhes Gerais dos Modelos AMERICANOS

Vamos mostrar um pouco da evolução do design de cada modelo americano e nacional onde perceberá que algumas coisas vieram pra cá e outras só ficaram na saudade.

SPORTY GRABBER 70-72

A primeira linha do Grabber foi de 70-72 com o seguinte grafismo:

 

STD  70-75

A linha Standard (pé duro) do modelo americano saiu com o seguintes detalhes na fase inicial e posteriormente com poucas mudanças de visual a partir de 72 com a introdução dos malditos parachoques grandes, novas calotas e os frisos laterais que no futuro nosso LDO acabou herdando.

 

SPRINT  72

A linha exclusiva Maverick Sprint foi fabricada somente em 1972 e também fizeram parte deste mesmo pacote os modelos Mustang e Pinto:

LDO (Luxury Decor Option)  72-75

A linha LDO com certeza, a mais bonita e luxuosa do modelo americano com frisos largos nas laterais e calotas na cor do veiculo.

 

GRABBER  73-75

A linha Grabber foi repaginada no ano de 73 com novo grafismo lateral, na tampa traseira e no capu sendo descontinuada no ano de 1975.

A partir de 73 começou a receber aqueles ridículos parachoques enormes.

STALLION 75-76

A linha Stallion ja caminhando para a fase final de produção do modelo americano, eu considero uma das mais bonitas com adoção de novas rodas, nova grade e novo grafismo na pintura.

Acredito que se não fosse a lei que obrigou a adoção daqueles parachoques horrorosos com certeza seria o modelo mais bonito. E isso sem contar os famosos adesivos do cavalinho.

Com diversas combinações em dois tons partido do preto com vermelho, cinza, azul, branco e marrom.

STD  76-77

E novamente, dando os últimos suspiros no fim da produção do maverick no USA, a linha STD recebeu uma repaginada com adoção de nova grade, novas rodas, mesmas do Stallion e os tetos de vinil 3/4 que foram usados nos ultimos Super Luxo brasileiros em 77-79.

E dessa forma, o Maverick saiu de linha, para dar lugar ao horroroso Fairmont como ja dissemos na parte I.

Já em 77 para desovar o estoque a Ford americana ofereceu o maverick para a polícia e para os serviços de táxi, mas como o carro ja tava na bacia das almas, nada adiantou fechando o último com mais de 90.000 unidades vendidas, ou se preferir, com mais de 80% de toda a produção brasileira de 73 a 79.

 

Rodas

As rodas saíram de fábrica com aro 14 na furação 114 x 3 x 5.

Esta furação é padrão para vários tipos de veículos como ranger, opala, granada, fairmont, marquis e outros.

E uma última curiosidade é que no Canadá foi oferecido de fábrica o aro 13. Dessa você não sabia!

 

Grafismo e Detalhes Gerais dos Modelos BRASILEIROS

E sobre os modelos brasileiros, apesar da dificuldade de documentação, tentaremos demonstrar a evolução de cada modelo ao longo dos anos.

Lembrando que a produção do Maverick no Brasil foi subdividida em duas fases sendo FASE 1 (73-76) e FASE 2 (77-79).

SUPER 73-76 – FASE 1

O Maverick Super é a linha básica do maverick (pé duro), sem muitos detalhes externos e internos como frisos e outros.

Este modelo permaneceu em linha durante toda a produção de 73 a 79, sendo disponibilizado com motores 6cc e v8 e recebendo a partir de 1975 o recém-lançado motor 2.3 OHC de 4cc.

 

SUPER LUXO  73-76 – FASE 1

O Maverick Super Luxo, considerado na época a linha mais refinada do maverick com frisos nos vãos de roda, caixa de ar, friso na base do painel e tampões de acabamento entre lanternas.

Com calotas diferenciadas, similares a linha 70-72 americana, volante dois raios com acionamento da buzina nas duas pontas também herdado do modelo americano.

Disponível nos motores 6cc manual, v8 automático e posteriormente também recebendo o motor 4cc a partir de 1975.

 

GT  73-76 – FASE 1

O Maverick GT, o mais cobiçado e desejado da linha aqui no Brasil, surgiu com seu famoso motor small block 302 com 195cv e sendo sucesso imediato.

Com grafismo único, os primeiros e raros da linha 73 com motor V8 com acionamento 3 marchas na coluna. A partir de 74 com cambio 4 marchas e acionamento no assoalho.

Ainda sobre a primeira fase dispunha das famosas travas de capú e o lendário conta-giros.

 

QUADRIJET  74-77

O Maverick Quadrijet é mosca branca dos mavericks. Em 73/74 a Ford montava um kit Holley de corpo quádruplo, coletor Edelbrock e comando de válvulas esportivo Is-kenderian. E com inúmeras vitórias os concorrentes alegaram uma certa deslealdade pois não era item de fábrica. O que na época era proibido.

E bancando, como diz aqui o pessoal da roça, o velhaco, para fins de homologação, ele foi oferecido ao público em três formas: automóvel completo, motor V8 completo ou comercialização do kit Quadrijet através da LAG Veículos, empresa de Luiz Antônio Greco.

Portanto é extremamente raro e não sabemos com exatidão quantos veiculos completos foram vendidos. O que se especula é que o ultimo tenha sido produzido em 1977.

 

SUPER 77-79 – FASE 2

Já na fase 2, o modelo Super também sofreu algumas mudanças com a troca da grade dianteira, manteve as mesmas calotas, novo volante e as novas lanternas em plástico.

Visualmente o carro mudou muito pouco.

 

SUPER LUXO  77-79 – FASE 2

O Maverick Super Luxo da fase 2, recebeu as mesmas mudanças dos demais modelos com nova grade, novas calotas, novo volante, friso sutil na traseira contornando as lanternas e a opção do teto de vinil 3/4 herdado do modelo STD americano.

 

GT  77-79 – FASE 2

O Maverick GT, já na fase 2 ficou com o visual mais agressivo com introdução do capu com entrada de ar falsas oriundo dos modelos americanos 70-72.

Porém, na minha opinião, ter tirado o classico volante 3 raios pelo novo modelo 4 pontas, estilo landau, pra mim foi um erro!

As calotas também deram uma mudada e o grafismo traseiro também ficou bem legal.

 

GT4  77-79 – FASE 2

O Maverick GT4, foi um criação da Ford brasileira para valorizar o estilo GT e implementar mais um produto com o motor de 4cc 2.3 OHC (Overhead Camshaft) tentando uma sobre vida diante da crise do petróleo nos anos 70.

Atualmente os GT4 estão desaparecendo e tá cada dia mais díficil encontrar pois a galera aproveita o inicio de chassis LB5E que é um GT original e coloca a mecânica V8 no mesmo.

Visualmente o que difere os dois é o grafismo lateral com os dizeres 2.3L OHC. No demais detalhes de traseiros, calotas e grade não vemos diferenças.

 

LDO  77-79 – FASE 2

E por último, ja no fim da vida em 1977 a Ford lança o luxuoso Maverick LDO, como a própria sigla traduz do do inglês Luxury Decor Option (opção de decoração luxuosa).

Na verdade, me desculpe os mimizentos, na minha opinião, aproveitou um pouco do estilo LDO americano no interior e no exterior nada mais é do que os frisos da linha STD americana.

Basta conferir na PARTE I deste tópico e comparar as fotos STD acima.

Apesar disso, é um carro muito bonito e os detalhes do cambio automático, console e forros de porta, também copiados do LDO americano fazem do carro um destaque.

Ele foi oferecido com os motores 4cc e V8 com opção de câmbio automático.

 

E assim meus amigos, no final e 1979, nosso Maverick deixa a linha de produção para entrar a “muquiça” do Corcel II. Aliado a crise do petróleo, etc. Com mais de 100.000 unidades vendidas para se tornar uma das lendas automotivas aqui do Brasil.

Assim como no USA também tivemos por aqui alguns mavericks servindo as forças policiais, especialmente a famosa ROTA.

Com certeza muito “cabocrinho” entrou na borracha sem dó nesses mavericks.

Uma saudosa época em que primeiro descia o cacete no camarada até ficar mole e depois perguntava o que ele fez.

E comprovada a inocência tomava um “canoão” no pé do ouvido e tava liberado.

Nesta PARTE II, espero que tenho conseguido demonstrar um pouco das diferenças externas entre os modelos, curiosidades e outros.

Tomamos todos os cuidados com as fotos garimpadas na internet e aqui nenhuma identificação de placa está exposta.

 

 

PARCEIROS:







 

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